quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Procon reúne bancos da Paraíba para exigir o cumprimento dos serviços essenciais

O Procon Estadual reunirá, amanhã, a partir das 14h, representantes de todos os bancos da Paraíba para apresentar um relatório e exigir o cumprimento dos serviços essenciais que não estão sendo mantidos pelas agências. Entre os pontos que serão discutidos está a disponibilização de envelopes para depósito e papel para impressão de saldos, extratos e comprovantes de depósito. Ontem, o Banco do Brasil aumentou o limite diário de saque, que estava em R$ 600, para

R$ 2 mil, nos caixas eletrônicos.

A reunião que acontecerá na sede do Procon-PB foi marcada em decorrência das reclamações registradas pelos clientes dos bancos. A reunião também pretende verificar se os 30% de pessoal trabalhando nos bancos durante o período de greve estão sendo mantidos. A coordenadora do Procon-PB, Klébia Ludgério, informou que foram convocados para a reunião, além dos superintendentes de todos os bancos em operação no Estado, o representante do Sindicato dos Bancários da Paraíba e o promotor do Consumidor do Ministério Público, Glauberto Bezerra. Desde a última segunda-feira, o limite de saques nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil haviam sido reduzidos para R$ 600 por dia. Mas ontem a administração do Banco voltou a aumentar o limite. A assessoria de imprensa da instituição garantiu que não haverá desabastecimento dos caixas eletrônicos durante o período de greve e que as consultas bancárias continuam sendo feitas através da central telefônica do BB pelo telefone: 4004-0001.

Sem multas 

“Nenhum cliente deve ser penalizado com a cobrança de qualquer tipo de multa em face de possíveis atrasos no pagamento das contas. Se tais multas forem cobradas, as pessoas devem procurar os procons ou a Promotoria do Consumidor e prestar a devida reclamação que as providências serão tomadas”, garantiu Klébia Ludgério

Ela destacou que os clientes das agências não têm nenhuma responsabilidade quanto às discussões trabalhistas entre banqueiros e bancários, e não podem ter prejuízos na suas rotinas diárias de pagamentos de contas, recebimentos de salários, depósitos, ou cobertura de cheques, por exemplo. Sobre possíveis penalizações para as partes envolvidas na greve, Klébia destacou que será buscado acordo inicialmente através do diálogo e do entendimento.

Rotatividade reduz salário

São Paulo (AF) - A rotatividade nos bancos reduziu os salários entre admitidos e desligados em 38,39% no primeiro semestre deste ano, conforme pesquisa do Dieese e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A remuneração média dos desligados foi de R$ 4.054,14, enquanto a dos admitidos foi de R$ 2.497,79. Os bancos fizeram 30.537 admissões e 18.559 desligamentos no período.

“Além de provocar milhares de demissões, a política de rotatividade dos bancos privados é nociva para a renda dos bancários”, avalia o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro. Para ele, a diferença nos salários entre admitidos e desligados é perversa para a categoria, piora a qualidade do emprego e da renda, e só favorece os bancos.



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