segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Santa Cruz segura empate contra o Treze e retorna à Série C

Santa Cruz sobe para a Série C com 60 mil torcedores em casa

Foram dois anos “pastando no limbo” do futebol nacional. Neste domingo, porém, a torcida do Santa Cruz finalmente pôde soltar o grito preso na garganta e comemorar seu retorno à Série C do Campeonato Brasileiro. Diante de um público de quase 60 mil pessoas, o Tricolor segurou um empate sem gols dramático contra o Treze-PB, na tarde deste domingo, no Estádio do Arruda, em Recife, pela partida de volta das quartas-de-final da Série D.

Com este resultado, o Santa carimba sua vaga nas semifinais e, automaticamente, se garante como um dos quatro promividos à Terceirona. Na partida de ida, os dois times empataram, por 3 a 3, o que dava aos pernambucanos a a vantagem de empatar por até 2 a 2. Na próxima fase, o time tricolor encara o vencedor de Cuiabá-MT e Independente-PA.

A classificação também põe fim a um martírio causado por duas eliminações trágicas. Em 2009, o Santa foi eliminado de forma vexatória ainda na primeira fase. No ano passado, o time foi um pouco melhor, mas também morreu na praia ao ser eliminado pelo Guarany-CE, na segunda fase.

Se o jogo não foi um primor técnico, pelo menos o “fator arquibancada” compensou. Estiveram presentes no Arruda 59.966 torcedores, que proporcionaram uma renda digna de Libertadores de R$ 1.010.860,00. Foi o terceiro maior público do ano no Brasil, atrás apenas dos jogos São Paulo 1 x 2 Flamengo (63.871 pagantes) e São Paulo 2 x 1 Atlético-MG (60.514 pagantes), ambos pelo Brasileirão.

Santa melhor, mas...

Embora o Treze precisasse marcar gols para conquistar o acesso, quem dominou o primeiro tempo foi o Santa Cruz. A primeira boa chance dos donos da casa saiu aos 11 minutos. O meia Wesley cobrou escanteio na área e o zagueiro Leandro Souza cabeceou tirando tinta do travessão.

A grande oportunidade tricolor, entretanto, aconteceu aos 22 minutos. O meia Natan conseguiu livrar-se do marcador, dentro da área, mas na hora da conclusão acabou chutando em cima do goleiro Lopes. Faltou capricho ao jogador, que poderia ter sacramentado a classificação.

O Galo paraibano praticamente não chegou com perigo nos primeiros minutos. O Santa, por outro lado, seguiu criando algumas boas oportunidades. Aos 32 minutos, o atacante Thiago Cunha recebeu um lançamento, passou pela defesa, mas também bateu em cima do goleiro.

Haja coração!

No segundo tempo, o cenário do jogo se alterou completamente. O Treze voltou melhor e criou duas grandes chances antes dos cinco minutos. A um minuto, o atacante Cléo chutou no ângulo para linda defesa do goleiro Tiago Cardoso. Aos quatro, o meia Chapinha fez a festa na defesa coral, mas bateu pela linha do fundo.

A pressão alvinegra continuou intensa, muito porque o Santa aceitava o jogo adversário com passividade. A situação só começou a mudar com a entrada do volante Éverton Sena no lugar de Natan. A modificação acertar a marcação dos pernambucanos e reequilibrou o jogo.

Para piorar a situação dos visitantes, o lateral Celico foi expulso, após uma entrada dura em Jeovânio. Mais tarde Roberto também recebeu o vermelho e deixou os visitantes com dois a menos. Mesmo assim, o Galo seguiu brigando e o jogo foi dramático até o apito final.



Ficha Técnica


Santa Cruz 0 x 0 Treze-PB

Local: Estádio do Arruda, em Recife (PE)

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)

Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Marco Antônio Martins (SC).

Renda: R$ 1.010.860,00

Público: 59.966 torcedores

Cartões Amarelos: Leandro Souza, Fernando Gaúcho (Santa Cruz); Fábio Oliveira, André Lima, Chapinha, Roberto, Anderson, Saulo (Treze)

Cartões Vermelhos: Celico e Roberto (Treze)


Santa Cruz


Tiago Cardoso; Chicão, Leandro Souza, André Oliveira e Dutra; Jeovânio, Memo, Wesley (Renatinho) e Natan (Éverton Sena); Fernando Gaúcho e Thiago Cunha (Bismarck).

Técnico: Zé Teodoro.

Treze

Lopes; Ferreira, Anderson, André Lima (Vavá) e Celico; Saulo, Fábio Oliveira, Chapinha e Doda; Cléo (Roberto) e Warley (Cleiton Cearense).

Técnico: Marcelo Vilar.


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