terça-feira, 20 de setembro de 2011

politica


Preterido de Ministério, Manoel Jr desabafa:

 ‘Luiz Couto é um padre insano e 

vou desmascará-lo’; áudio

O deputado federal Manoel Júnior (PMDB) articula para a próxima quinta-feira uma coletiva com a imprensa nacional para, segundo ele, “desmascarar” o também deputado federal Luiz Couto (PT), que teria atuado como pivô na rejeição do nome do peemedebista ao comando do Ministério do Turismo.
De acordo com rumores que circularam pela mídia, Couto teria conseguido vetar Manoel Jr acusando-o de participação em grupos de extermínio.
“Ele está insano, não sei como um padre se comporta dessa maneira”, diz o parlamentar.
“É um irresponsável”, acrescenta Manoel Jr.
Ele antecipou que acionará judicialmente o colega paraibano no Supremo Tribunal Federal. O peemedebista também pretende prestar queixa contra Couto junto ao Conselho de Ética da Câmara Federal.
O deputado, porém, não acredita que Luiz Couto tenha sido determinante na escolha da presidente Dilma Rousseff para o Turismo.
Para Manoel Jr, a batida de martelo foi dada pelo presidente do Senado, José Sarney, favorecendo o correligionário maranhanse Gastão Vieira.
O deputado explicou que as ações judiciais e as respostas via mídia são uma reação a citação, feita por Couto, na CPI da Pistolagem, relacionando o nome do parlamentar paraibano como mentor de assassinatos.
A briga entre os dois já ganhou repercussão nacional, a exemplo da matéria veiculada pelo portal Terra.
Veja íntegra da matéria:
Preterido na disputa pelo Ministério do Turismo, o deputado federal Manoel Júnior (PMDB-PB) defende-se das acusações de que é o mandante do assassinato de um vereador da cidade de Pedras de Fogo (PB). Segundo o deputado Luiz Couto (PT-PB), relator da CPI dos Grupos de Extermínio de 2003 a 2005, há depoimentos que provam a ligação do peemedebista ao crime.
Em entrevista exclusiva a Terra Magazine, porém, Manoel Júnior afirma que o relatório foi "forjado" e que não existe "nenhum depoimento ou citação oficial" a seu nome nos anexos. Para ele, Couto agiu de "má fé" ao citar seu nome. "Não há registros contra mim", diz Júnior.
O deputado do PMDB afirma ainda que vai entrar com uma ação contra Couto no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Comissão de Ética da Câmara já nesta quarta-feira (21). "Agora eu vou até o final. Se ele fez de caso pensado, vai ter que pagar", afirma o peemedebista.
A Terra Magazine, Luiz Couto se defende e diz que "Manoel Júnior não teve competência para disputar com outras pessoas (a indicação para o Ministério do Turismo)". Para o petista, defender-se das acusações e dizer que são caluniosas é uma maneira de justificar o fato de que Júnior não foi escolhido por Dilma Rousseff para substituir Pedro Novais à frente do Ministério do Turismo.
A presidente indicou o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), ligado à família Sarney, para assumir a pasta. Nos bastidores, o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), tentou emplacar o nome de Manoel Júnior para substituir Pedro Novais. No entanto, peemedebistas relembraram as possíveis acusações sobre o crime na Paraíba e acharam que não era adequado insistir no nome do deputado, que logo declinou.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista
Terra Magazine - Como o senhor se defende do relatório da CPI dos Grupos de Extermínio, no qual constam acusações de que o senhor seria mandante de um assassinato na Paraíba? Manoel Júnior - Não existe nenhum depoimento ou citação oficial a meu nome. No relatório, há menções superficiais sobre minha atuação na Paraíba, fazendo referência a depoimentos que estariam nos anexos mas, se você for olhar os anexos, não existe nenhum depoimento que cite meu nome. A coisa é mais grave do que eu poderia imaginar. Foi tudo feito de má fé.
Segundo o deputado Luiz Couto (PT-PB), relator da CPI dos Grupos de Extermínio, há depoimentos que incriminam o senhor. Se existem, ele vai ter que me mostrar onde estão. Não sei como uma pessoa que é padre consegue envolver o nome de um cidadão de bem, que tem família, em uma coisa dessas. No relatório que ele mesmo subscreve, estou com ele aqui, em mãos, não há nenhum registro que prove nada contra mim. Isso é uma coisa que eu preciso esclarecer para limpar meu nome. Nunca houve nenhum processo contra mim. Isso maculou minha imagem, não sei qual foi o mal que fiz para esse cidadão. Ele é meu adversário político na Paraíba, mas ele levou isso ao extremo.
O senhor não reconhece as acusações? Não. Não existe nenhum depoimento, escrito ou gravado, nenhum registro na CPI que me incrimine. Preciso dizer que sou ficha limpa e provar que sou ficha limpa. É a história da mulher de César, que tem que dizer que é honesta e provar que é honesta. Quero que esse cidadão (deputado Luiz Couto) viva dois mil anos, para a consciência dele pesar durante dois mil anos.
Na quinta-feira (22), o senhor irá fazer uma coletiva para apresentar esses documentos todos à imprensa, nos quais o senhor diz que não constam depoimentos que envolvam seu nome no crime, correto? Eu estava planejando fazer isso, mas meus advogados acham melhor eu mostrar esses documentos mais detalhadamente. Caso contrário, será apenas minha palavra contra a de Luiz Couto - não gosto nem de falar o nome desse cidadão.
Quais serão as medidas tomadas pelo senhor daqui para frente? Na quarta-feira (21), vou entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Conselho de Ética contra o deputado Luiz Couto e vou acionar o procurador-geral da República para que acionem esse cidadão. Agora eu vou até o final. Se ele fez de caso pensado, vai ter que pagar.
O deputado Luiz Couto diz que o senhor não teve competência para ser indicado a ministro do Turismo e que, por isso, está tentando culpá-lo, como uma "justificativa". Eu não tenho ódio no meu coração, senão não desejava que ele vivesse dois mil anos. Essa história de colocar meu nome no relatório da CPI não existe. Foi tudo forjado.
O senhor ficou resentido de não ter sido escolhido para o Ministério do Turismo? De maneira nenhuma. Até agradeço a presidente Dilma. Imagine se ela tivesse me nomeado? Seria uma honra muito grande, o coroamento de uma carreira, mas eu teria que passar dez, quinze dias explicando para a imprensa que aquilo que existe no relatório da CPI dos Grupos de Extermínio não existe. O relator vai ter que responder na Justiça pelo que fez.

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